quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A ECONOMIA DA ÁFRICA DO SUL E SOCIEDADE NO APARTHEID

Por: Renato Claser Denck

A ECONOMIA DA ÁFRICA DO SUL E SOCIEDADE NO APARTHEID


A política econômica adotada no Apartheid era a industrialização por substituição de importação (sustentada pelo excedente da exploração de ouro), fazendo com que a África se tornasse um dos 10 países mais ricos do mundo, o sistema implantado pela África do Sul era Protecionista, com o uso de tarifas, para assim proteger o setor industrial local porém essa política fez com que muitas sanções internacionais fossem criadas.
O Protecionismo na indústria era tão elevado, que o setor sozinho contribuía com o PIB de tal maneira que contribuía mais que a mineração e a agricultura juntas. A produção estava ligada a bens “estratégicos” como armas e combustíveis. E a participação no comércio Internacional era de pelo menos 50% do PIB durante o Apartheid (Butcer, 2004), entretanto nos últimos anos do Apharteid  viram este modelo de acumulação afundar, vinculada assim na própria crise social.
Após o surto de expansão vivido nos anos 60, a economia praticamente estagnou nos anos de 70 e 80. O crescimento econômico caiu pela metade e, além disso, ficou muito volátil. Toda a demanda interna pública, privada e investimentos, apresentaram uma rápida desaceleração. As importações superavam as exportações, o que veio a se constituir no principal fator dos problemas de balança de pagamentos.
Outro fator relevante foi o aumento dos preços do petróleo, que por sua vez gerou um aumento geral nos preços dos produtos primários para a exportação. Tendo em vista que o preço para a exportação do ouro também subiu rapidamente, fez com que o padrão ouro fosse definitivamente abandonado.
A indústria sul Africana perdeu totalmente sua competitividade, o que fez com que a industrialização deteriorasse. O índice teve uma queda mais que a metade, anos antes do fim do apartheid. O alto custo em manter esse isolamento econômico em um mundo que se globalizava levou a África do Sul mudar o seu rumo.  E definitivamente a África do Sul abria suas portas para o comércio Internacional.  Se dava por então a abertura econômica Internacional da África do Sul.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Desenvolvida e Subdesenvolvida

Por: Patrícia Miri Dias

Economias desenvolvida e subdesenvolvida: o fator emprego

O grau de desenvolvimento do mercado de cada país é um indicador muito importante a ser analisado.
Existem acentuadas diferenças mercadológicas entre as economias desenvolvidas e subdesenvolvidas. Dentre essas, cumpre destacar e melhor se aprofundar na existência do pleno emprego presente nas nações de primeiro mundo, tão almejada pelas economias de inferior nível de desenvolvimento.
Pleno emprego dos recursos produtivos representa uma situação em que todos os fatores de produção da economia estão empregados. Observando de modo especial o fator trabalho, pleno emprego desse fator é atingido quando a economia atinge seu nível máximo de empregabilidade. Isto é, uma economia em que toda a mão de obra disponível encontra-se empregada, sem capacidade ociosa. Sem desemprego.
Nas economias subdesenvolvidas o desemprego pode ser classificado em três tipos distintos: o conjuntural, o incremental e o qualitativo.
O desemprego conjuntural seria mais um problema em curto prazo. Trata-se de um desemprego que pode ser potencialmente reduzido através de políticas de expansionistas, pois geralmente é consequência de uma crise. Esse tipo de desemprego ocorre tanto em economias desenvolvidas como em subdesenvolvidas (MAGALHÃES, 2009).
Já o desemprego incremental ocorre quando a geração de novos postos de trabalho de um país é menor do que a taxa de novos ingressantes no mercado de trabalho (MAGALHÃES, 2009), isto é, para uma economia ter sua taxa de desemprego incremental diminuída, precisa crescer além da demanda de trabalhadores novos, caso contrário ocasiona-se o aumento de trabalhadores informais. A solução para esse tipo de desemprego é a aceleração do crescimento.
Para o entendimento do desemprego qualitativo, faz-se necessária uma comparação entre os dois níveis de desenvolvimento. Suponhamos que uma economia subdesenvolvida emprega 70% da sua mão de obra na produção de 100 toneladas de soja, porém essa mesma quantidade de soja é produzida em outro país desenvolvido com apenas 10% desses trabalhadores, devido ao uso de tecnologias de ponta, então se conclui que o desemprego qualitativo do país subdesenvolvido é de 60%, pois se esse país emergente dispusesse da
mesma tecnologia que a outra nação, os 60% restantes desses trabalhadores estariam desempregados. (MAGALHÃES, 2009).
O desaparecimento do desemprego qualitativo somente acontecerá com o pleno desenvolvimento do país.
Porém, um país como o Brasil tem sua produtividade especializada no setor de commodities agrícolas e, consequentemente, um baixo valor agregado por trabalhador, o que impossibilita a extinção do desemprego qualitativo, cuja eliminação depende de se obterem níveis de produtividade não inferiores aos dos atuais países desenvolvidos (MAGALHÃES, 2009).


MAGALHÃES, João P.A. Macroeconomia do Emprego Desafios ao Desenvolvimento Brasileiro: contribuições do conselho de orientação do IPEA. v.1, Brasília, março, 2009.